Revoluções Inglesas e o Leviathan no E.M.

 

No dia 10 de abril foi realizada uma intervenção com alunos do 3° ano do ensino médio, na escola Vitor Meireles, sobre as Revoluções inglesas do século XVII, abordando também o contexto monárquico no período. Por conta do distanciamento dos alunos em relação à realidade inglesa desse período, iniciamos a intervenção propondo um brainstorm sobre assuntos anteriores relevantes para a compreensão do que seria tratado, tendo como objetivo a revisão dos assuntos, a participação dos alunos, bem como a avaliação – por nós, pibidianos – da familiaridade com essas temáticas.

Considerando que se trata de uma turma de 3° ano, em uma escola em que a maior parte dos alunos planeja concorrer no vestibular, optamos por uma abordagem que poderíamos dizer ser mais tradicional. Ainda assim, levamos questões atuais para eles, como algumas séries – “The Tudors”, “Game of Thrones” e “The Crown” –, questões políticas contemporâneas que remetem a tradição do poder parlamentar fortalecida pelas referidas revoluções (“Brexit”) e também questões interdisciplinares, dialogando principalmente com a literatura – comentamos sobre “Hamlet” (1601), de Shakespeare e “Utopia” (1516), de Morus. Buscamos aproximações por analogia, para sensibilizar para a questão do poder.

Visando uma interação maior com os alunos,  propusemos a resolução de exercícios e a análise de uma imagem. Reunimos 10 questões de vestibular (principalmente das universidades públicas paulistas e do ENEM) e também um da Olimpíada Nacional de História do Brasil – ONHB. Por conta do tempo reduzido, não conseguimos resolver todos os exercícios em sala de aula, porém naqueles que resolvemos, a resposta dos alunos foi positiva – tanto em termos de participação, quanto em termos de absorção do conteúdo. Deixamos ainda aqueles exercícios que não tivemos tempo para resolver como atividade extra para os alunos.

Por fim, também analisamos o frontispício da primeira edição de “Leviathan” (1651), de Thomas Hobbes (reproduzida a seguir), usando como aporte teórico o livro de Carlo Ginzburg “Medo, reverência e terror” (há uma resenha sobre ele aqui). Nesse momento, os alunos participaram bem ativamente, provavelmente porque nossa análise partiu dos comentários feitos por eles

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Consideramos que nossos objetivos foram atingidos, ou seja, conseguimos abordar e exercitar com eles o conteúdo cobrado pelos vestibulares paulistas e pelo ENEM, ao mesmo tempo que trouxemos coisas novas visando despertar o interesse deles o que, felizmente, ocorreu.

André Pupin  e Fábio Santa Maria, bolsistas do PIBID.

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